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Obesidade e hérnia de disco, como tratar?

O sobrepeso é um dos fatores de risco para o aparecimento de hérnia de disco lombar. Considerando que o amortecimento do impacto nas vértebras é a principal função do disco intervertebral, é lógico pensar que a sobrecarga nessas articulações pode levar a problemas em seu funcionamento. O ânulo fibroso, camada mais grossa e externa do disco intervertebral, sofre com o abaulamento constante produzido pelo excesso de carga. O resultado são pequenas fissuras nas fibras do ânulo fibroso, por onde o núcleo pulposo (parte interna do disco) pode sair e causar compressão das estruturas nervosas. É importante ressaltar que a obesidade não é a única causa de hérnia de disco, pois esta é uma doença multifatorial e, geralmente, há uma predisposição genética para que ela ocorra.

O tratamento inicial da hérnia de disco nestes pacientes não difere muito dos demais, e deve incluir repouso relativo e uso de medicação sintomática e anti-inflamatória. Dependendo do estágio da hérnia de disco, diferentes tipos de fisioterapia podem ser indicados, além de educação postural e conscientização corporal. Nos pacientes obesos, a orientação nutricional e o acompanhamento conjunto do endocrinologista são importantes. Por causa da dor, geralmente os pacientes estão estimulados a atingir seus objetivos de emagrecimento e vida mais saudável. Momento, portanto, de aproveitar para iniciar o seguimento com profissionais capacitados.

Mas e se precisar de cirurgia?

Casos em que a dor não cessa com o tratamento clínico ou em que há deficit neurológico, como perda de força, formigamentos, dormência e também dor insuportável, o tratamento cirúrgico pode ser escolhido pelo médico. Intervenções cirúrgicas tradicionais em obesos podem ser muito trabalhosas para o cirurgião e arriscadas para os pacientes, mas a cirurgia endoscópica da coluna traz uma enorme vantagem, pois tecnicamente não há diferença em operar um indivíduo magro e um com obesidade mórbida, precisando-se apenas um endoscópio (instrumento) mais curto ou mais longo. Isso acontece porque a “câmera” pode ser posicionada no ponto de interesse da coluna, independentemente da quantidade de tecido que há ao redor.

Lembrando que o alívio da dor nesses pacientes, é essencial para que consigam iniciar o quanto antes, atividades físicas que auxiliem na perda de peso, bem-estar e prevenção de novos problemas da coluna.

Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional ; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia;

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Obesidade e Hérnia de Disco
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