Hérnia de Disco
20 de junho de 2015Cirurgia Minimamente Invasiva
22 de março de 2016Espondilolistese
Espondilolistese, do grego spondilos, vértebra, e olisthesis, luxação, é o escorregamento ou a luxação de um corpo vertebral sobre o outro. Representa uma forma relativamente frequente de instabilidade da coluna vertebral, atingindo cerca de 5% da população geral. Na maioria das vezes são bem toleradas com o tratamento clínico ou apenas o seguimento, mas alguns casos podem precisar de cirurgia.
O tipo mais frequente de espondilolistese é a ístmica, em que há lesão na porção interarticular, que pode estar fraturada (espondilólise) ou alongada. Acredita-se que seja decorrente de múltiplos processos de microfraturas e consolidações, que alteram a morfologia das vértebras, tornando-a mais alongada. Outros tipos são as congênitas ou displásicas, degenerativa, pós-traumática e patológica.
A gravidade da situação é medida através do grau da listese. Um escorregamento de até 25% representa o grau I, de 25 a 50% grau II e assim por diante.
O diagnóstico pode ser feito com Raio X simples, mas a Tomografia Computadorizada e a Ressonância Magnética fornecem informações relevantes para instituir o tratamento.
O tratamento cirúrgico está indicado quando há falha no tratamento clínico conservador, instabilidade radiológica com presença de sintomas neurológicos, piora progressiva da listese, listese maior de 50% ou lombalgias incapacitantes. Existem várias técnicas cirúrgicas, mas o objetivo é sempre o mesmo: descompressão das estruturas nervosas e estabilização da coluna.
Referência:
Devlin VJ. Spine Secrets. 2003 Hanley & Belfus.
Braga FM, Melo PMP. Neurocirurgia. Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. UNIFESP / Escola Paulista de Medicina. Manole 2005.