Dia Mundial de Prevenção do AVC (Derrame)
29 de outubro de 2011Indicações de cirurgia vascular de carótidas
14 de janeiro de 2013Tumor glômico carotídeo ou quemodectoma
É um câncer neuroendócrino raro que se origina de células presentes na bifurcação da artéria carótida, também conhecidos como paragangliomas não cromafins ou tumor de corpo carotídeo. São células especiais, especializadas como quimioceptores, ou seja, regulam a pressão sanguínea arterial. A maioria das vezes não é maligno, mas apesar de benigno tem um crescimento lento mas contínuo, que requer tratamento cirúrgico, pois acaba por dificultar a chegada de sangue no cérebro, um comportamento semelhante ao maligno.
É muito importante diferenciar de aneurisma de carótida. Ambos aumentam o tamanho da artéria e, portanto, podem ser confundidos, mas o tratamento é completamente diferente. Enquanto que o tumor glômico carotídeo consiste numa proliferação descontrolada das células, aumentando de tamanho, a bifurcação da carótida e deformando a anatomia cormal, o aneurisma é uma dilatação oca da artéria.
Quando esse tumor é ativo, ou seja, secretivo, ele pode secretar substâncias e hormônios que podem acelerar o coração ou mesmo aumentar a pressão arterial.
Os sintomas variam com o tamanho do tumor e secreção hormonal, podendo apresentar rouquidão, dificuldade e dor para engolir, dor de cabeça, sensação de pressão no ângulo da mandíbula e desmaios. Derrame cerebral também pode acontecer com o crescimento do tumor, devido à pressão, alteração e estenose da artéria carótida. O melhor tratamento é o cirúrgico, sendo a embolização do tumor uma possibilidade para diminuir seu sangramento no intraoperatório, pois é um tumor altamente vascularizado. A radioterapia é uma possibilidade coadjuvante.
Fonte: AMATO, Alexandre Campos Moraes; AMATO, Salvador José de Toledo Arruda; et al. . Aneurisma de carótida interna. 2002.
Durdik S, Malinovsky P Chemodectoma – carotid body tumor surgical treatment. Bratisl Lek Listy 2002
AMATO, ACM. Tumor do Glômus Carotídeo – chemodectoma. VascularIn 2011. Ano XI n34 p16