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O que é TDAH?

É um transtorno neurobiológico caracterizado por sintomas como desatenção, hiperatividade, impulsividade, desorganização, distratibilidade, entre outros.  É uma alteração no funcionamento do sistema nervoso que surge na infância e costuma acompanhar o indivíduo durante toda a sua vida.

O TDAH é uma das queixas mais comuns de pais que procuram um neurologista infantil, acometendo de 8-10% das crianças em idade escolar. Mas o que poucos sabem, é que os sintomas podem não desaparecer e ter repercussões na vida adulta (presente em cerca de 2,5% da população).

 

O que causa o TDAH?

O TDAH é uma doença multifatorial, isto é, está relacionada a várias causas e fatores que interferem no funcionamento do sistema nervoso como um todo. Não se sabe ao certo ainda a causa exata do TDAH, nem os genes a ele associados, mas acredita-se que alguns acontecimentos e exposições podem aumentar a chance da ocorrência de TDAH:

A)  História familiar de TDAH em parente de primeiro grau (pais e irmãos);

B)  Tabagismo e uso de álcool durante a gravidez;

C)  Peso ao nascimento inferior a 1.500 g e parto prematuro;

D)  Infecções e exposição às neurotoxinas nos primeiros meses de vida.

Quais são os sintomas do TDAH?

Os sintomas do TDAH envolvem uma combinação de queixas relacionadas à desatenção e hiperatividade/impulsividade, que na criança manifestam-se, principalmente, como hiperatividade em meninos e desatenção e baixo rendimento escolar em meninas.

Na idade adulta, muitas vezes, os sintomas são pouco reconhecidos e ficam mascarados por desorganização, baixa produtividade, baixa autoestima, abuso de substâncias lícitas ou ilícitas, etc. Nesta fase predominam os efeitos da desatenção e a hiperatividade manifesta-se principalmente como impulsividade. Todos os adultos que têm TDAH apresentaram os sintomas na infância antes dos 12 anos de idade.

Pelo déficit de atenção, o indivíduo muitas vezes:

·     Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nas atividades do dia-a-dia;

·     Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou mesmo em atividades de lazer;

·     Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele;

·     Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades;

·     Perde coisas (objetos, compromissos, etc).

Devido à hiperatividade, o indivíduo costuma:

·  Mudar de lugar ou de posição o tempo inteiro ou em outras situações em que se espera que fique sentado;

·  Tem dificuldade de envolver-se em atividades de lazer de forma calma;

·  Tem dificuldade de esperar sua vez;

·  Fala em excesso;

·  Interrompe os outros ou se intromete.

 

Como fazer o diagnóstico?

O diagnóstico tem que ser dado por um médico!!! Não existe um exame que confirme o diagnóstico. Ressonâncias, tomografias e eletroencefalogramas não são necessários para fazer o diagnóstico. Em alguns casos estes exames podem ser solicitados para afastar outras doenças com sintomas parecidos.

 

Existe tratamento?

Sim! O TDAH pode e deve ser tratado! Quando não tratado pode prejudicar o aprendizado e o desempenho (escolar e no trabalho), atrapalhar nas relações sociais, além de cursar com diversos transtornos psicológicos (depressão, TOC – transtorno obsessivo-compulsivo, etc).

Medidas comportamentais fazem muita diferença! Terapia cognitivo-comportamental e organização são essenciais. Além disso existem medicações que podem corrigir as alterações bioquímicas que encontramos no TDAH, como a Ritalina®, Concerta®, Venvanse® entre outros.

 

Referências:

1.  American Psychiatric Association: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Arlington: American Psychiatric Association; 2013.

2.  Silver LB. Attention-deficit/hyperactivity disorder in adult life. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am. 2000 Jul;9(3):511-23. PubMed PMID: 10944654.

3.  Feldman HM, Reiff MI. Clinical practice. Attention deficit-hyperactivity disorder in children and adolescents. N Engl J Med. 2014 Feb 27;370(9):838-46. PubMed PMID: 24571756.

 

 

Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional ; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia;

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Déficit de Atenção e Hiperatividade
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