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A Síndrome de Bertolotti é uma condição espinhal menos conhecida, mas que pode ser a causa subjacente de muitos casos de dor lombar crônica. Nomeada após o radiologista italiano Mario Bertolotti, que a descreveu no início do século XX, esta síndrome ocorre devido a uma anomalia congênita na última vértebra lombar. Especificamente, caracteriza-se pela articulação anormal ou pela fusão parcial desta vértebra com o sacro, um fenômeno conhecido como transição lombossacra.

Quais são as causas da Síndrome de Bertolotti?

A principal causa é genética, relacionada a uma anomalia na formação da coluna vertebral durante o desenvolvimento fetal. Essa condição pode permanecer assintomática em muitos indivíduos, mas em outros, pode causar dor lombar significativa e limitação de movimento devido à articulação anormal que cria estresse adicional na coluna vertebral.

Quais são os sintomas?

– Dor lombar crônica, especialmente na região lombo-sacra

– Rigidez e limitação de movimento na parte inferior das costas

– Dor que piora com atividades físicas ou após longos períodos sentado ou em pé

Como é diagnosticada a Síndrome de Bertolotti?

O diagnóstico geralmente envolve uma combinação de histórico médico detalhado, exame físico e técnicas de imagem, como radiografias da coluna vertebral, ressonância magnética (MRI) ou tomografia computadorizada (CT). Estas imagens podem revelar a extensão da fusão vertebral ou da articulação anormal.

Qual é o tratamento?

O tratamento para a Síndrome de Bertolotti é tipicamente conservador no início, focando no alívio da dor e na melhoria da mobilidade. As opções incluem:

– Medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs)

– Fisioterapia para fortalecer os músculos da coluna e melhorar a flexibilidade

– Injeções de corticosteroides para reduzir a inflamação

Em casos onde o tratamento conservador não oferece alívio suficiente, a intervenção cirúrgica pode ser considerada. A cirurgia pode envolver a remoção da articulação anormal ou a fusão das vértebras afetadas para estabilizar a coluna.

Conclusão

A Síndrome de Bertolotti pode ser uma fonte de dor lombar crônica e desconforto, contudo, um diagnóstico preciso seguido de um tratamento adequado pode oferecer alívio significativo. Se você está sofrendo de dor lombar persistente, é importante consultar um especialista em coluna para uma avaliação detalhada.

FAQ:

  1. O que é a Síndrome de Bertolotti? Esta síndrome é uma condição caracterizada pela articulação anormal entre a última vértebra lombar e o sacro ou ilíaco, podendo causar dor lombar crônica.
  2. Quais são os sintomas da Síndrome de Bertolotti? Os sintomas mais comuns incluem dor lombar crônica, rigidez na região inferior das costas e, em alguns casos, dor irradiada para as pernas.
  3. A Síndrome de Bertolotti pode ser curada? Embora não haja uma ‘cura’ definitiva, ainda assim, muitos pacientes conseguem gerenciar eficazmente os sintomas e melhorar significativamente sua qualidade de vida com o tratamento adequado.
  4. A Síndrome de Bertolotti é uma condição comum? Não, é considerada uma condição rara, e muitas vezes os pacientes passam por vários profissionais de saúde antes de receberem o diagnóstico correto. No entanto, não é incomum no consultório do especialista. A presença de vértebra de transição, sem a articulação anômala é ainda mais comum.
  5. Existe alguma recomendação de estilo de vida para quem tem esta síndrome? Manter um peso saudável, praticar exercícios de baixo impacto regularmente e evitar atividades que exerçam pressão excessiva sobre a região lombar podem ajudar a gerenciar os sintomas.
  6. A Síndrome de Bertolotti é hereditária? Não há evidências suficientes para afirmar que esta condição seja hereditária, mas qualquer anomalia espinhal pode ter um componente genético.
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579
Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional ; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia;

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Síndrome de Bertolotti: Causas, Sintomas e Tratamentos
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