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“Foram 15 anos de sofrimento com dores na coluna vertebral, dores nas costas e dores na perna. Mas há três anos travei totalmente e não pude me mexer”, revela Marilene Almeida, para esta reportagem.

Segundo a paciente, foram diversas tentativas de amenizar o problema, como visitar médicos generalistas, tomar medicamentos, até novos colchões seu marido chegou a comprar, mas nada resolveu. Fazia caminhada diariamente, mesmo com dor, porque no percurso sentia certo alívio. Mas chegar ao dia de não conseguir se mexer foi inevitável. 

No pronto-socorro, recorda de ouvir o médico dizer que era necessário aguardar o problema evoluir para indicar a cirurgia. O exame de ressonância magnética foi interpretado por ele como um desgaste natural da idade e não havia muito a ser feito. Consequentemente, se seguiram mais três anos de tentativas de tratamentos convencionais, como: fisioterapia, Reposição Postural Global (RPG), mas que não faziam muita diferença. 

O caso de Marilene envolvia danos a discos intervertebrais da coluna lombar, que comprimiam o nervo ciático – o maior do corpo humano. As tentativas de tratamento sempre dependem de cada caso, se a paciente consegue manter sua qualidade de vida nas opções conservadoras, que envolvem medicamentos e atividade física, ok. Mas quando o nervo está comprimido e interfere na saúde e qualidade de vida, sem resposta à tentativa conservadora, o especialista pode indicar a cirurgia. 

A situação se desenrolou tão crítica, que neste período Marilene teve que tomar banho sentada. “Lembro que durante todo este tempo – foram muitos anos – eu fazia minhas atividades sem prazer. A dor constante é como uma pedra no sapato: sempre presente, trazendo a lembrança de que você está doente”, desabafa. 

Descoberta da cirurgia endoscópica da coluna

A solução veio quando tomou outro grande susto: no inicio deste ano de 2021, sentiu as pernas formigarem e adormecerem em atividades de repouso, como ao sentar e após acordar. Estes sintomas começaram na perna direita e logo migraram para a esquerda. Como se não bastasse, Marilene também sentiu os braços serem afetados. 

“Fui me acalmando, respirando devagar até que consegui “destravar”, relembra.

Foi então que sua filha pesquisou e encontrou segurança nas informações do Dr. Marcelo Amato. Após consulta inicial e exames, veio a confirmação da necessidade cirúrgica que trouxe alívio aos mais de 15 anos de sofrimento de Marilene.

Lesão nas estruturas nervosas são “tempo-sensíveis”, que significa que quanto maior o período, maior os danos que podem evoluir para consequências permanentes, como quase foi o caso da Marilene.

Após a endoscopia de coluna, a recuperação foi tranquila, pois a incisão teve milímetros, de modo que quase era possível esquecer a cirurgia. “Foi como se alguém tivesse tirado com a mão aquela dor. No início ainda senti um pouco de dormência nas pernas, mas bem de leve, pelo excesso de dano que meu corpo sofreu. Agora não sinto mais nada e tenho feito pilates para me fortalecer”, encerra Marilene.

 

Da redação. 

*Marilene Almeida Manso é aposentada, moradora de São Paulo, tem 65 anos. 

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“Relatos” é uma série de entrevistas onde pacientes compartilham sua experiência sobre patologias da coluna, desde a descoberta até a solução. O objetivo é criar uma rede de apoio humanizada e informativa para auxiliar aos que se identificam e se encontram nas mesmas condições, para que possam ter esperança e buscar ajuda especializada.

Por Redação
Por Redação
Dr. Marcelo Amato - CRM: 116.579 Médico e Neurocirurgião pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP); Doutor em Neurocirurgia (Clínica Cirúrgica) pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP), orientado pelo Prof. Dr. Benedicto Oscar Colli; Especialista em Neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB); Especialista em Cirurgia de Coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC) e Associação Médica Brasileira (AMB); Linha de Pesquisa em Cirurgia Endoscópica da Coluna desde 2013 pela FMRP-USP com diversos artigos e livros publicados nacional e internacionalmente; elaboração de aulas e cursos nacionais e internacionais sobre Endoscopia de Coluna, e realização de consultorias em todo território nacional; Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP); Diretor do Amato - Hospital Dia

2 Comments

  1. Claudia Maria Palomo Ghezzi disse:

    Boa tarde! Eu não tive tanta sorte ! Em 17/02/22 fiz a cirurgia por endoscopia para retirada de uma hérnia na l3-l4! Quando levantei para ir ao banheiro depois da cirurgia percebi que minha perna direita dobrava sozinha, o médico disse que na retirada encostou no nervo! Sai do hospital segurando no meu marido! Cai em casa duas vezes e comecei ficar apavorada, as coisas só foram piorando, fiquei com a perna em alguns pontos adormecida e comecei a ter ferroadas na perna tão forte que nem água do chuveiro podia cair sobre a perna. O médico só aumentava a dose do tramadol e da pregabalina e nem com o adesivo de fortuna tirava completamente a dor! Tive que procurar outro médico no qual me operou co urgência no dia 22/03/22 para retirada do líquido que vazou da hérnia! Estou fazendo musculação hoje para fortalecer mas ainda sinto ferroadas na perna e as vezes dormência!

    • Obrigado pelo seu relato Claudia! A endoscopia de coluna apresenta muitas vantagens em relação às técnicas tradicionais, no entanto é uma cirurgia muito delicada e que exige muita experiência do cirurgião. Em alguns casos, o nervo pode sim ser machucado, assim como isso pode acontecer em todas as demais técnicas cirúrgicas que abordam a coluna. Fico feliz que tenha conseguido resolver grande parte dos seus sintomas, certamente, com sua dedicação, vai continuar melhorando! Boa reabilitação!

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